Lendo o jornal, uma moça encontra um anúncio de uma rede de supermercados, e dirige-se até o estabelecimento acreditando que finalmente encontrou o que procurava. Chegando o atendente, ela se expressa:
- Bom dia senhor! Estou procurando algo que jamais encontrei em outro lugar, não importa o preço, sou milionária e pago o que for preciso, só necessito que a entrega seja imediata.
- É pra já minha linda. O nosso anúncio é verdadeiro quando diz que tudo o que você precisa aqui encontrará. Respondeu o simpático atendente.
E disse a moça milionária:
- Pois muito bem, procuro e quero a felicidade, e vou logo adiantando, quero todo o estoque, pois é muito difícil encontrá-la.
- O atendente ficou paralisado diante do pedido da moça, e meio constrangido por não poder finalizar a negociação depois de ter afirmado que tudo se podia encontrar ali, respondeu:
- Desculpe-me, mas aqui não vendemos felicidade!
FRUSTRAÇÃO....
Esta é uma pequena introdução que nos remete a reflexão acerca da felicidade. Qual seria o conceito de felicidade? Como conquistá-la? A felicidade é uma conquista? Um dom? Um estado espiritual? Qual a ligação da felicidade com a paz? É difícil falar deste assunto, apesar de ser algo tão pertinente a nós, e de estarmos sempre a procurando, e neste caso a reflexão é indispensável.
Se você, assim como eu, se preocupa com sua felicidade e quer estar ou ser sempre feliz, eu te convido a pensar e compartilhar comigo algumas questões e idéias relacionados à felicidade.
Estaria a atitude da moça milionária distante de nós? Obviamente nunca nos direcionamos, explicitamente, a um supermercado pra comprar a felicidade, mas indiretamente, em algum momento já relacionamos a felicidade com dinheiro, riqueza e bem estar. Apesar de o dinheiro nos proporcionar o bem-estar material e isto não podemos negar, ele jamais será o responsável pelo bem-estar espiritual ou emocional, aquele tão buscado pelas sociedades atuais, e isto é balizado pelo fato por exemplo, de ser altíssimo o número de milionários que cometem suicídios.
Lendo um texto relacionado a este tema me deparei com a idéia, de um autor desconhecido, onde o mesmo afirmava que todos os males que a humanidade conhece, convive e cria é o produto da procura pela felicidade, por parte dos indivíduos. Nenhuma pessoa em seu estado “normal”, comete crimes, se prostitui, usa drogas, etc. simplesmente por fazer, existe um motivo maior, muito mais gritante do que a simplificada justificativa; “eu preciso de dinheiro e por isso...”. Na verdade este individuo busca um objetivo maior que o dinheiro; a felicidade! Mas, o mais preocupante é que esta busca errada gera uma infelicidade gigante. É preciso saber onde buscá-la. Isto é, se é que ela já esteja pronta!
A felicidade jamais será encontrada nas coisas materiais e externas a nós. Ela não está nas coisas, nos momentos e nem nas pessoas. E é este o grande erro consecutivo cometido por nós, idealizar uma felicidade dependente de coisas que estão além de nós, muito embora há quem partilha da tese que não existe felicidade, mas sim momentos felizes. Eu não acredito. Há felicidade, e ela não está tão distante assim como pensamos.
A felicidade é interna, ela vive no nosso eu, camuflada pelos nossos egoísmos, sensações, problemas, frustrações, baixa estima, invejas, preguiças, escondida atrás de tudo aquilo que maltrata nossa alma, mas que nos resistimos a jogar fora. Como cristã, acredito que há um construtor desta felicidade; Jesus Cristo – O nazareno. Ele planeja, constrói e edifica, depois põe dentro da gente. E acredite caro leitor, ele construiu e pôs em você.
Então, um primeiro passo necessário para sermos felizes é aceitar que a felicidade está em nós, e que não dependemos de coisas externas para vivê-la. Não podemos dar aos outros o poder de controlar nossa felicidade, de diminuí-la ou de aumentá-la. A esposa não pode arquitetar a felicidade a partir do esposo ou dos filhos, assim como o pobre com o dinheiro, ou o empresário com o sucesso da sua empresa, porque se assim fizermos estaremos restringindo e tornando pequena e momentânea a nossa felicidade, e ainda estaremos correndo o sério risco de nos frustrarmos e sermos infelizes para sempre. É preciso repensar nossos conceitos e valores, limpar nossa “casa” e procurar a felicidade dentro dela, estou certa que acharemos.