Com 2,70m o Homem mais alto do Brasil faz sucesso na PB; o jovem é do Cariri do Estado


O homem mais alto do país, Joelisson Fernandesda Silva, 21 anos, o Ninão, passou esta semana pela cidade de Patos e fezsucesso, como é de costume por onde passa. Aqui ele veio acompanhado defamiliares e amigos em busca de um veículo que lhe coubesse dentro, tarefabastante difícil para todos os vendedores de carro.

Na passagem porPatos, Ninão foi até a Catingueira Automotores, revendedora da Chevrolet,distribuir a tarefa com os vendedores que acabaram não encontrando, pelo menospor enquanto, um automóvel capaz de acomodar o gigante paraibano.

Como nãoconseguiram, os vendedores aproveitaram também para tietar o gigante e tiraramfotos diversas. Mostrando-se bastante simpático, Ninão atendeu a todos eprometeu voltar à Catingueira Automotores já que os vendedores prometeramencontrar uma solução para o seu caso.

Ninãoelogiou a cidade e disse que foi bem recebido em Patos. Um dos vendedoresconfessou que não foi fácil o gigante entrar em alguns automóveis. A tarefaacabou mobilizando boa parte da concessionária.

Ninão deverá ir àPatos participar em breve de alguns eventos surpresas nos próximos dias.

O jovem JoelissonFernandes da Silva, 21 anos, chegou ao estrelato instantâneo, em 2007. Desdeentão, a casa onde ele mora em Assunção (PB), virou ponto de peregrinação deturistas e curiosos. Eles querem ver, fotografar e se comparar aos 2,30 m dorapaz, que fazem dele o homem mais alto do País.

Ninão, com péstamanho 58, como é conhecido, vive com os pais e quatro irmãos em uma casa compé direito de 4 m. A residência, aliás, ele ganhou depois da fama, e foiencomendada pelo governo da Paraíba para acomodar o seu cidadão ilustre. Antes,a família, cujo segundo integrante mais alto tem 1,70 m, vivia em um sítio nazona rural da cidade, localizada no Cariri paraibano.

A distância doscentros urbanos não intimida os fãs, que viajam três horas da capital JoãoPessoa só para vê-lo. São cerca de 233 km adentrando o Estado e, para muitos,esse é apenas o último trecho. "Recebo gente de São Paulo, do Rio deJaneiro, de todos os lugares", diz ele, que já teve de pedir ajuda paraentender um americano que queria conhecê-lo.

A rotina é rápida. Aochegar na cidade, que tem cerca de três mil habitantes, o forasteiro perguntaonde é a casa do moço mais alto do Brasil à primeira pessoa que encontra. Nuncaficará sem resposta. "Todos aqui já me conhecem", diz ele, tranquilo.Ao ouvir o seu nome sendo chamado, sai à porta para atender a visita. Nãocostuma haver muita conversa, conta. Os curiosos se apresentam e pedem fotos aolado de Ninão, que atende de bom grado.

São mais de 20 visitas por mês, segundo seus cálculos. "Às vezes, chego asair duas vezes num mesmo dia", afirma.
O mesmo acontece quando alguém quer falar com ele por telefone. Mesmo morandona avenida central, Joelisson atende os chamados em um orelhão na calçada.

Joelisson nunca teve oportunidade de fazer exames complexos para saber se o seucrescimento é normal ou não. Ele sente dores nas costas e nos pés ao caminhar ediz que sua maior dificuldade hoje é o transporte.

Em Assunção, Joelisson é conhecido como um jovem tímido, mas atencioso.Confessa que a vida virou pelo avesso depois de ficar conhecido, mas já vê umacurva descendente na fama. "Antes, as pessoas tiravam minhas medidas e medavam roupas, sapatos, muitos presentes. Hoje já não ganho mais nada",analisa.

Sobre a demanda criada pelo fato de ser extraordinário, não faz reclamações ouelogios. "Já me acostumei", conclui.

Contribuição de AndersonAlcantara, de João Pessoa (PB)

Explicações médicas doDr. Paulo, médico endocrinologista


Ele é muito provavelmente portador de gigantismo e acromegalia, que é umadoença provocada por um tumor hipofisário produtor de hormônio de crescimento(GH). Felizmente, na grande maioria das vezes, o tumor hipofisário responsávelpelo gigantismo (que surge na infância e adolescência, momento em que asepífises ósseas ainda estão abertas e é possível esse crescimento acelerado) e/ou acromegalia (surge na vida adulta ou na infância em jovens com diagnósticoprévio de gigantismo, com crescimento de extremidades, embrutecimento facial,afastamento dos dentes, aumento no tamanho da língua, etc...) na grande maioriadas vezes é benigno.

Mesmo em se tratando de um tumor benigno na maioria das vezes, ser grande,nesse caso, não traz muitas vantagens. O excesso de hormônio de crescimento(GH) leva a fraqueza muscular, deformidades articulares (por isso é que elesdificilmente conseguem virar atletas), alem de alterações endócrino-metabólicasque podem levar ao aumento do colesterol e surgimento do diabetes, elevando orisco de mortalidade cardiovascular e podem cursar com hipogonadismo (comquadro de impotência e diminuição da libido). Fora o risco aumentado desurgimento de tumores secundários induzidos pelo excesso de GH, como em cólon etireóide. O tratamento é neurocirúrgico por ressecção do tumor (por via nasalou transcraniana), podendo ou não ser complementada por radioterapia e uso demedicações que bloqueiam os efeitos deste hormônio, mesmo assim a cura sóocorre em uma minoria dos casos.

Efeitos sociais:

Muitas pessoas não entendem a gravidade da situação. Percebi que há pessoas quechegaram a dizer tratar-se de uma benção ser desse jeito, e não é verdade. Foraas piadinhas quanto ao tamanho do pênis dele. Não é muito ético o que eu voudizer, mas o fato de eles terem hipogonadismo (deficiência de testosterona)leva a disfunção erétil, infertilidade e não há aumento do tamanho do amigão.

Alem dos problemas envolvendo a saúde dele, imagine os problemassócio-econômicos que ele deve ter (achar roupas e sapatos que lhe sirvam, umcolchão que ele possa dormir, meios de transporte, encarar a repulsa dosleigos, pois de perto a sua aparência não é normal e, ao que tudo indica, orapaz é pobre e vive numa região com escassos recursos em saúde).

Da Redação do Santa Helena Fatos&Fotos
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