ALERTA: Cientista diz que Paraíba é vulnerável a tsunami

A Paraíba, podem ser alvo de um tsunami, embora a possibilidade seja remota
 


O litoral brasileiro, mas especificamente o nordestino e da Paraíba, podem ser alvo de um tsunami, embora a possibilidade seja remota e nunca tenha ocorrido nada parecido antes. A explicação é do professor e Geógrafo da Universidade Federal da Paraíba, professor Paulo Rosa, adiantando que toda a região de planície costeira é vulnerável a um tsunami, mas somente um estudo poderia definir o grau do risco da região ser atingida por uma onde gigante.

“Na realidade o que tenho levantado como informação técnico científica é que a natureza é imperfeita e nessa imperfeição, é possível que hajam situações inesperadas, Nós não sabemos qualquer o tamanho da força que acumulada e nem o local onde ela se encontra. Por isso ela pode estourar a qualquer momento, e isso pode ocorrer em qualquer lugar da superfície do planeta. Nós podemos dizer que qualquer lugar no planeta é vulnerável a um tsunami ou terremoto, mas há lugares onde o risco é maior que outros”, explicou.

O professor lembrou que o Brasil fica no hemisfério sul do planeta e é banhado ao longo de toda EUA costa pelo Oceano atlântico. “É conveniente salientar que o Oceano Atlântico não está imune aos movimentos drásticos da natureza que podem gerar catástrofes. Veja só, no arquipélago das ilhas Canárias há uma das ilhas - Las Palmas, onde fica o vulcão Cumbre Vieja que se encontra inativo. Mas ele já esteve em atividade, isso a mais ou menos 260 anos. Naquela época, possivelmente aconteceu terremoto seguido de tsunami que atingiu em Portugal em 1750, que pode ter sido originado pela erupção do Cumbre Vieja”.

O professor Paulo Rosa salientou que se esse vulcão entrar em atividade novamente, há a possibilidade de liberação de energia que poderá gerar uma onda alta ( tsunami). Ele explicou dizendo que o Cumbre Vieja fica a 4.500km de distância do Brasil, e se ele entrar em erupção e liberar energia e gerar uma onda gigante, que iria se irradiar para a costa africana, que fica bem mais próxima, e também se irradiar para a costa americana a mais ou menos cinco mil quilômetros de distância.

Paulo Rosa disse que a distância pode ser grande, mas a tsunami que atingiu o Japão foi presenciado na costa do Chile, há mais de 11 mil quilômetros de distância, um vez que a energia gerada fez com que a onda atravessasse o Oceano Pacifico até se dissipar numa barreira natural, neste caso a costa chilena na América do Sul.

 Veja abaixo uma serie de perguntas encaminhadas ao Professor Paulo Rosa:

Corremos o risco de encarar um tsunami aqui no Brasil, em particular no Nordeste e na Paraíba?”

Sim é possível, porém com pequena probabilidade, pois ainda não temos notícias efetivas dessa situação.

“O que fazer para tentar se livrar de uma situação assim? Caso estejamos correndo este risco, o que fazer para nos prevenirmos de uma contra uma catástrofe assim?

 Bem, até hoje o que temos de estudos não passam de trabalhos locais, assim sendo não há como especular sobre algo de maior envergadura como essa que está ocorrendo no Japão. Veja só, dentro dessa questão especulativa podemos fazer algumas reflexões como por exemplo, a conjugação de dois fatores importantes que podem estar ocorrendo num momento desse, de um possível tsunami por origem de uma atividade vulcânica lá em Las Palmas.

Se tivermos uma maré astronômica de 3.0 (essa já ocorreu aqui no nosso litoral no início da década de 1960) conjugada com uma maré meteorológica com ventos com mais de 10 mts/seg (teremos ondas altas) e, se uma onda oriunda de um tsunami chegar aqui com 50cms, poderemos ter um avanço do mar nas áreas de planícies costeiras. Essa situação poderá ser agravada por conta de que os mangues estão bastante danificados pela impactação imobiliária (ricos e pobres) na borda e em cima do mangues.

Podemos então afirmar que devemos estar bastante afinados com as Políticas Públicas num primeiro momento, investir mais em pesquisas e simulações com computação de alto desempenho num segundo momento e para completar essa situação, faz mais do que necessário se estudar com mais afinco as dinâmicas da natureza, e para isso se requer pessoal qualificado desde os primeiros anos do ensino fundamental até o terceiro grau. Na realidade não temos muito estudo sobre a dinâmica na natureza no nosso território, nossas pesquisas são dependentes das determinações da vontade política que não consegue ver o que está com possibilidade de um porvir.

“Depois do tsunami do Japão, os cientistas estão dizendo que o eixo da terra sofreu uma alteração de 25 centímetros. Quais as conseqüências?”

Veja só, a natureza é imperfeita, logo podemos afirmar sem sombra de dúvida que está havendo mudanças constantemente, porém nem sempre nós as sentimos. Por isso vamos vivendo sem percebê-las, mas se tivermos realmente uma mudança desse tamanho no eixo da Terra, aí sim teremos situações que irão influenciar diversas outras, como por exemplo clima será influenciado de forma direta.

Da Redação do Santa Helena Fatos&Fotos
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