Por Ada Vitoriano Rolim, 23 anos, Graduada em Comunicação Social/Jornalismo pelas Faculdades Cearenses.
Prostituição parece, aos olhos de muitos, uma palavra aterrorizante. Entretanto, para outros se torna cada dia mais normal. Tanto que cogita-se a possibilidade de a mulher que se dedica ao sexo, ter sua atividade reconhecida como profissão, com respectivo registro na carteira de trabalho.
Entretanto, a inquietação que me traz aqui é: A prostituição existe pela necessidade de ganhar dinheiro ou pelo simples prazer de se aventurar?
Essa pergunta fica ainda mais clara ao assistirmos o “tão aguardado” filme lançado recentemente no cinema nacional: Bruna Surfistinha. Quem viu teve a oportunidade de acompanhar a história de uma menina que tinha tudo quanto queria, devo confessar que suas relações familiares não eram das melhores, mas, afinal quem não tem problemas em casa?
Será que ela tinha motivos suficientes para optar pelo mundo da prostituição? Ou será que ela queria experimentar a liberdade que em casa lhe fora negada? Drogas, sexo... sem intromissões ou pedidos de moderação. Será que esse não foi o real motivo que fez ela se lançar nessa vida? E depois? Sofrimentos, arrependimentos... Bem, isso já é outra parte da história.
O que pretendo fazer é uma análise desse filme na vida real. (Você leitor, pode transformar minha ideia em dissertação ou tese, ficarei orgulhosa de tê-lo ajudado.) O que leva algumas das meninas de classe média e classe média alta a se prostituir? Necessidade? Acho que não.
Reparou como as meninas da classe “C” estão cada vez mais distantes da prostituição? Outros caminhos parecem se abrir para elas. As moças se viram trabalhando em lojas, lanchonetes, casas de família... Algumas delas conseguem uma recepção de escritório ou uma sala de aula.
Algumas das moças de classe média preferem os “estudos”, ou talvez achem isso chato demais. Gostam mesmo é das festas, tinta no cabelo, salto agulha... Será que cobram pela companhia? Será que o prazer da aventura é tamanho que nem precisa ganhar dinheiro?
Antes de tudo, me deixe esclarecer que todas as regras aqui citadas estão cheias de exceções e que não é intenção da colunista falar de A ou B. Afinal, preconceito NUNCA foi a praia da que vos fala.
Quero ajudar a entender, que atualmente, se alguma menina ou menino resolve se prostituir não faz por necessidade. Conhece todos os riscos que essa atividade oferece. Entretanto, a busca pelo novo é insaciável e o “querer”, em alguns casos, fala mais alto...
7 de julho de 2011 às 18:15
brilhante texto, prima. vejo que esse contexto não está muito distante da nossa realidade e refletir sobre isso, de alguma forma, contribui para provocar alguns jovens de que a vida não só o luxo que esta vida fácil demonstra.
adorei!
beijos,