Mineradora investirá R$ 850 milhões no Sertão paraibano


A empresa BrasilNordeste pretende investir R$ 850 milhões em extração e beneficiamento deminério no sertão paraibano e já abriu uma filial em Cajazeiras. A expectativaé dar início à operação já no segundo semestre de 2013. As áreas que devem serexploradas ficam nas cidades de Sousa, São José da Lagoa Tapada, São José dePiranhas e Carrapateira. Entretanto, o local de instalação da fábrica aindaestá indefinido. A Brasil Nordeste está realizando estudos para escolher acidade e deverá recuperar os 520 quilômetros que ligam Cajazeiras ao porto deCabedelo para viabilizar o escoamento do minério.

A empresa foi fundada há cinco anos em São Paulo. “Atuamos com a venda enegociação de minérios. Agora, com a instalação em Cajazeiras, teremos aprimeira unidade de produção e beneficiamento de minério de ferro. Depoisteremos uma filial também no Ceará”, explica o sócio da Brasil Nordeste,Husseim Jader.

Segundo ele, já foi comprovada a qualidade do minério com estudos iniciados noano passado. “Estamos fazendo estudos geofísicos para comprovar a quantidade eo volume existente de minério. Na próxima fase dos estudos geofísicos, vamosverificar se o volume da jazida compensará o investimento de R$ 850 milhões queteremos que fazer”, diz Jader.

Minério será beneficiado
A empresa vaiexportarprodução para China, Turquia e alguns países árabes. “A China éresponsável por 90% de tudo que exportamos. Nossa parceria é somente técnica ecomercial. Temos cliente garantido e o “know how” da China nesse setor, queengrandece o nome de nossa empresa”, diz o empresário.

Segundo ele, o minério encontrado na região é duro e de qualidade inferior, secomparado ao encontrado em minas Gerais e no Pará, porém, é considero umminério bom e comercializável. A expectativa, até agora, é que a jazida possuauma capacidade inicial de produção de 2 milhões de toneladas ao ano, mas, com ofinal dos estudos, a empresa espera que esse número aumente, sofra umaampliação de 650% chegando uma produção de  15 milhões de toneladas aoano. “Pretendemos também recuperar os 520 quilômetros que ligam Cajazeiras aoporto de Cabedelo, já que a malha não está em boas condições para atender ademanda de exportação”, lembra Jader.

“Nosso interesse surgiu a partir dos indícios da existência do minério de ferrona região e sobretudo, dos incentivos do Governo da Paraíba, que está dandoapoio para instalação da filial da empresa na região do Sertão. Além disso, aempresa e o Estado tem muito interesse na promoção do desenvolvimento daregião, por meio da extração e do beneficiamento do mineral que além de tudo,ainda também será positivo para o social, por conta dos investimentos”, declaraa Husseim Jader.

De acordo com o Engenheiro de minas responsável pela consultoria realizada naregião, Jorge Luis Silva, a incidência de minério de ferro também está sendoinvestigada na cidade de Nova Olinda. “A localização de Cajazeiras é muito boa,equidistante aos portos de Fortaleza (CE), Suape (PE) e ao de Cabedelo (PB), eo apoio do governo do estado pra a instalação da mineradora também vem sendomuito importante”, destaca o engenheiro.

Investimento contínuo
Para o coordenador doprograma de mineração da Paraíba, Marcelo Falcão, o Governo do Estado sempretenta apoiar os projetos ligados a mineração. “Os investimentos são contínuos,seja buscando melhorar a infraestrutura para o escoamento de minério pelasrodovias, a infraestrutura da via elétrica, avaliando a qualidade e o volume deminério produzido e suas possibilidades de exportação”, explica o coordenador.

Marcelo Falcão lembra também que, após a fase de estudos, o Governo do Estadotambém irá monitorar o estudo dos impactos ambientais na região provocados pelaextração do minério. “A concessão para o estudo e para a utilização da jazida éuma concessão federal, já que o minério pertence à União”, afirma ocoordenador. Ele explica também que a instalação de uma mineradora também é umagrande oportunidade para aumentar a arrecadação de impostos.  O municípioonde a mineradora está instalada sofre o maior impacto, e fica com 65% dosimpostos gerados, seguido do estado (23%) e da união (12%).

De acordo com o sócio da Nordeste Brasil Husseim Jader, devem ser gerados cercade mil empregos.  “A maior parte da mão de obra que será empregada nãonecessitará de muita qualificação, porque é no trabalho direto da extração. Noentanto, daremos treinamento ao pessoal. Sem dúvidas a mão-de-obra que seráempregada será, em grande maioria, local”, diz.

Da Redação do Portal Fatos e Fotos
Com Correio da Paraiba
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