Coluna escrita por Francisco Valmir Lopes. 30 anos. Casado. Católico Apostólico Romano. Natural de Santa Helena-PB. Bacharel em Direito pela UFCG. Aprovado pela OAB-PB. Servidor da Justiça Eleitoral.
O EXEMPLO DE MARIA
As duas principais mulheresque o mundo conheceu, especialmente os cristãos, são Eva e Maria. Eva, conformeo Livro de Gênesis, foi a primeira mulher, foi também por ela que o pecado sefez existir, sendo expulsa, junto com Adão, do paraíso, e, até hoje ahumanidade paga o preço do pecado.
Maria, foi o meio pelo qual Jesus Cristo sefez homem. Foi através de Maria que a Luz, a Salvação dos homens, veio aomundo. Então, Eva e Maria, são paradoxos.
Eva foi constituída da costela de Adão eformou-se pela Palavra de Deus. Mas, por seu egoísmo, seu querer ser igual aDeus, maculou a humanidade com o pecado original, porquanto, ao nascermos, já otrazemos.
A única pessoa concebida sem pecado originalfoi Maria, por Providência Divina. Deus, Todo-Poderoso, jamais ia permitir queJesus se fizesse Homem, filho de uma mulher com pecado, nem a abandonaria apóso cumprimento de sua missão. Missão, honrosa e humildemente cumprida. Sendo,por isso, um exemplo de vida a ser meditado, é o que se propõe aqui.
Assim, Maria tinha uma vida normal comoqualquer outra jovem judaica de sua época, exceto por nascer e continuar sempecado. Ela vivia sua fé em Deus com orações e confiança. Pois, assim seencontrava quando o anjo lhe anunciou a Boa Nova: recolhida em oração, àtardinha.
Qual não foi o espanto de Maria quando daanunciação do anjo! Primeiro pela surpresa da aparição, depois por ser umaaparição totalmente incomum, e, por fim, pelo conteúdo da declaração e de suasconsequências. Imaginando a situação, logo concluímos, é caso para desmaio ouficar louco.
Somente, alguém que, verdadeiramente, possuaFÉ, para diante da situação e da Revelação, não se perturbar, pronunciando umaresposta tão dadivosa: “Eis a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo à sua Palavra”(Lc 1, 38). Não poderia haver melhor declaração de fé em Deus!
Uma jovem, prometida em casamento, vivendonuma região onde as mulheres que engravidassem fora do casamento, seriamapedrejadas em praça pública até a morte, mesmo ao saber que ficaria grávida doEspírito Santo, ela sequer pediu ‘prova’ da promessa. Simplesmente confiou noSenhor, sem sequer se preocupar com as consequências. Mais que isso, fez de siuma doação total à Deus. Foi além, viveu essa doação por toda a sua existência,e com humildade.
Após essa revelação, Maria pôs-se logo emserviço, foi cuidar de uma senhora que em plena velhice estava grávida. Isso,literalmente, “com o Rei na barriga”! E fora recebida festivamente, porquereconhecida como a “Mãe do meu Senhor”, a “bendita entre as mulheres” (Lc. 1,41 e ss). E Maria sempre guardava tudo em seu coração, meditando e orando.
Noutra passagem bíblica, Maria era convidadaem uma festa de casamento, para a qual, levou Jesus e seus discípulos consigo.Quando em meio à festa, os noivos, preocupados, vieram lhe confidenciar quefaltava vinho, item indispensável para a celebração do casamento. E Maria, quevivia sua fé, foi logo entregar o problema a Jesus, e, mesmo diante de suarecusa, ela determina aos serviçais que “façam tudo o que Ele vos disser” (Jo.2, 5). E Jesus realizou seu primeiro milagre, por intercessão de Maria, e foiacreditado por seus discípulos.
Tempos depois, Maria presenciando toda aquelacovarde e cruel condenação e crucificação de seu Filho, algo insuportável paraqualquer mãe, viu finda sua missão apresentada pelo anjo, e assumiu novamissão, agora dada por Jesus: “Mulher eis teus filhos” (Jo. 19, 26). Não era dese esperar que pessoa tão importante para a execução e o sucesso do ProjetoSalvífico do Pai, fosse relegada ao esquecimento, por isso, foi constituída emMãe de todos nós, missão que ainda hoje cumpre com todas as suas forças evigor.
É verdade que jamais seria possível descrevera vida e o exemplo de Maria, ou o Plano de Deus executado por ela, em poucaslinhas, nem exaurir todo o conteúdo de passagens tão ricas em mensagens eexemplos. Mas, mesmo em poucas linhas, podemos perceber a importância dahumildade, porque jamais se viu Maria reivindicar ou ostentar sua condição deMãe de Nosso Senhor, pelo contrário, sua vida foi assim, sempre presente esempre escondida, sempre atuante, em oração, obediência e doação total de si.Por isso, sua virgindade, pois ela doou-se de corpo e alma ao Plano de Deus, demodo que, não se deteve nas coisas mundanas.
Óbvio que ela não é digna de adoração (Mt. 4,10b), nem é capaz de salvar por si só, e também não é isso que a Igreja prega.Entretanto, seu papel de mediadora, intercessora, e ela exerceu e desempenhacom muita eficiência. Eis o seu mérito.
Não podemos esquecer que foi ela que,intercedendo, conseguiu resolver o problema daquela família que lhe depositouconfiança, que permitiu a presença de Maria em suas vidas. E ela está sempre ànossa disposição, basta que a permitamos entrar em nossa vida, como é o seudesejo, e cumpramos o que ela continua a nos dizer: Fazei tudo o que Ele vosdisser! E, assim, cumpriremos a Vontade do Pai.
7 de setembro de 2011 às 08:45
Parabéns, colega Valmir, e obrigada por sempre me evangelizar. O texto está belíssimo!
7 de setembro de 2011 às 18:05
Muitos acreditam em Jesus, porém não acreditam, ou criticam Maria (mãe de jesus).Não entendo essa atitude! Gostariam essas pessoas verem ou ouvirem algém alguém defamando sua mãe?...
Maria Valcilene Lopes