Baixio ocupa o 7º lugar na lista de Extrema Pobreza do Estado do Ceará


1,272 Baixienses se encontra em situação deextrema pobreza. Este é um dos números apontados pelo Instituto de Pesquisa eEstratégia Econômica do Ceará [IPECE], órgão vinculado à Secretaria dePlanejamento e Gestão [SEPLAG] do Governo do Estado.
Os dados fazem parte do estudo inédito “OsDeterminantes Espaciais da Extrema Pobreza no Estado do Ceará – 2010”, quecompõem “Textos para Discussão” (nº97), que acaba de ser publicado pelo Ipece.
Apesar da verificada queda na quantidade dessafaixa da população, ainda é significativo o percentual que vive em situaçãocrítica em termos de condições de vida. A extrema pobreza ou miséria é definidacomo rendimento mensal domiciliar per capita de até 70 reais, sendo essa alinha adotada pelo Ministério do Desenvolvimento Social [MDS] em 2011.
A POBREZA RURAL DE BAIXIO – Os númerosapresentados demonstram, concretamente um fato: O Baixio precisa avançar [emuito] na igualdade social. Trata-se de oportunizar emprego e renda em terrasBaixienses. E vamos aos números que exemplificam a [triste] realidade:
Enquanto no Ceará, 17,78% da população [776.654habitantes] é enquadrada na situação de miséria, o percentual em terrasBaixienses é mais alto: 21,11% [1.272]. E a concentração da extrema pobreza émaior na zona rural. De cada quatro miseráveis, segundo o estudo, três estãofora da sede urbana; uma renda mensal per capita de até 70 reais.
Segundo reportagem apresentada no periódicoDiário do Nordeste, apenas 25% dos lotes são irrigados e outros 75% tem umaprodução sem relevância à potencialidade desejada. No início, o uso chegava nototal. E quando não se produz riqueza? A lacuna é percebida pela comunidaderural, que detinha no Perímetro uma fonte de renda e viu, com o passar dotempo, minguar-se.
ICÓ : Retornando aos dados do Ipece, opercentual dos extremamente pobres na zona rural de Icó chega ao patamar de38,66%. Ou seja, dos 34.993 que habitam longe da sede, 13.529 se enquadram comomiseráveis.
ENTRE IGUATU E PEREIRO – Na regiãocircunvizinha, composta pelos municípios de Cedro, Icó, Iguatu, Ipaumirim,Jaguaribe, Lavras da Mangabeira, Orós, Pereiro, Umari e Baixio, o ranking daextrema pobreza, proporcional, é a seguinte [da maior para a menor pobreza]:
1º_Pereiro – 38,19% [6.017 pessoas]
2º_Lavras da Mangabeira – 31,40% [9.762]
3º_Umari – 31,09% [2.346]
4º_Icó – 27,09% [17.731]
5º_Cedro – 26,66% [6.539]
6º_Ipaumirim – 24,14% [2.899]
7º_Baixio –21,11% [1.272]
8º_Orós – 20,89% [4.468]
9º_Jaguaribe – 20,34% [6.999]
10º_Iguatu – 13,14% [12.676]
Se em termos percentuais a situação é dedesafio para o Baixio e as demais regiões, e em relação à quantidade. É nestecaso que se vê que o Baixio precisa investir pesado em emprego e renda. E aquileia-se não apenas recursos, mas, principalmente, projetos e ideias.
No tocante à quantia, estes dez municípiosregistram 70.709 pessoas que possuem renda mensal domiciliar per capita de até70 reais. Este total, para efeito de comparação, representa, aproximadamente, apopulação de Aquiraz, localizada na Região Metropolitana de Fortaleza [RMF].
ICÓ SEM RENDA – E mais, de cada 100considerados miseráveis nesta região circunvizinha, 43 residem em Icó ouIguatu, qu respondem juntos, por 43% dos miseráveis. Esmiuçando ainda maisestes números, teremos, pela quantidade, o seguinte ranking de habitantesextremamente pobres [os cinco maiores]:
1º_Icó – 17.731 pessoas extremamente pobres
2º_Iguatu – 12.676
3º_Lavras da Mangabeira – 9.762
4º_Jaguaribe – 6.999
5º_Cedro – 6.539
Trocando em miúdos, no jargão, o que os númerosapresentam, o último em especial, apresenta um cenário atestado de pobreza deIcó para a região. Logicamente, o Iguatu, poder deter de uma população maiorque o Icó, deveria seguir a tendência de ter mais pessoas em situação subumana.
Mas não é isso o que acontece, visto que osnosso vizinhos estão entre os vinte municípios do Ceará com as menoresproporções de pessoas extremamente pobres. Resultado: Temos a maior quantia depessoas em extrema pobreza na região e uma das maiores taxas do Estado, acimada média.
Como diz a máxima e aqui exaustivamenterepetida: Contra fatos não há argumentos. E aqui também repetimos que estestristes números aqui apresentados são a consequência da ausência doinvestimento público na população por diversas gestões municipais e queprecisam ser revistas, antes que seja tarde demais. Se já não o for.
Da Redação do Santa Helena Fatos&Fotos
com Baixioceara.net e ICN
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