Por Eric Vitoriano Rolim, 21 anos, Estudante de Análise de Sistemas pelo Instituto Federal da Paraíba.O que sobrou da (não) exploração do petróleo em Santa Helena e região.
Petróleo: “A principal fonte de energia em utilização no mundo, servindo também como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se: benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já foi causa de muitas guerras e é a principal fonte de renda de muitos países...”. (fonte: Wikipédia)
Realmente, esse “ouro negro”, é com certeza, o produto mais ambicionado por nações e mega-empresas em todo o planeta, e tem seu nome relacionado com extraordinário desenvolvimento em todas as áreas, quase sempre em proporções estratosféricas.
Há alguns anos, nem na cabeça do mais sonhador sertanejo, passaria a utopia de que, nossa pequena, pacata e sofrida região, havia sido contemplada com essa dádiva. Mas, de repente, tudo muda. Boatos começam a surgir, e inflamar a esperança de uma terra, até então, fadada ao ostracismo.Era o “ouro preto”. Era uma nova era chegando. Era a chance única, caída do céu, de ver tempos de prosperidade, e mudar a vida da nossa gente. Construir o sonho da riqueza e do reconhecimento, que tiraria do anonimato essas cidades esquecidas nas entranhas do nordeste, particularmente nossa amada Santa Helena. Já imaginaram? A economia da nossa cidade dando um salto imensurável. Centenas, talvez milhares de postos de empregos sendo gerados – quiçá fazendo com que nossos jovens não precisem mais ganhar a vida longe de casa, muitas vezes arriscando perdê-la, como acontece tanto. Nosso comércio superaquecido. Imaginaram?
Cada máquina gigantesca, cada sonda, cada equipamento estranho, era como um sinal do desenvolvimento que estava por vir. Tal qual Mossoró - cidade, até então interiorana, que tomou ares de metrópole, e hoje é um dos pólos mais importantes e ricos, não só do Rio Grande do Norte, mas, de todo o Nordeste – teríamos nossa oportunidade. Seria nossa vez... Seria...
Seria se, tão rápido quanto a esperança nasceu, não tivesse ruído. Após um investimento de aproximadamente 23 milhões de reais, o que recebemos como resposta foi um: “No momento é provável que os gastos não cubram os futuros lucros”, sucedido com o consolo: “Mas não descartamos a possibilidade de voltar pra futuros leilões”. Como assim “no momento”? Como assim “futuro”? Considerando os investimentos e o discurso, a impressão que dá é que faltou tão pouco. Fico profundamente frustrado, com o fato do progresso de uma região inteira ser tratado como um mero detalhe vão.
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| Mossoró-RN |
Isso pra não falar de heranças negativas, como nossas estradas, que já tinham seus problemas de sinalização, animais soltos e plantas tomando de conta do asfalto, entretanto, jamais estiveram tão deploravelmente esburacadas, como depois da passagem das “máquinas gigantes”, outrora vistas como símbolos do sonho que estava prestes a se realizar. Pois é, e agora, quem vai consertar nossas estradas? Pelo visto virou pesadelo.
Sem petróleo, sem progresso, sem esperança, sem nada...
6 de abril de 2011 às 04:51
Mais uma vez se respondeu no post. Parabéns, não só pela visão. Pelo impecável jeito de mostrá-la. Acho que já disse que a jornalista da família sou eu, mas, vc é quem se garante na escrita. Saúde e sucesso irmão.
6 de abril de 2011 às 07:57
fico a pensar no que seria de fato o progresso, se não seria melhor as senhoras e suas cadeiras na calçada e serenidade de uma tarde de domingo nesta cidade vilarejo... estou sem criatividade pra pensar em soluções, já que faça parte da juventude nada implacável que "morre em dores de parto", chego a acreditar que nem mesmo o ouro preto jorrado iria reacender as luzes da nossa praça...
você escreve com lápis dourado, orgulho!
abraços,
Jesus, só ELE, agora pode nos iluminar!
6 de abril de 2011 às 08:48
Parabéns pelo teu raciocínio lógico, rogo a DEUS que nossa querida cidade, não caia nas mãos erradas de verdadeiros oportunista, paraquedista de plantão que sugam o suor desse povo sofrido e batalhador.
6 de abril de 2011 às 09:49
Pois é, sonhos de muitos jovens em prosperar na vida sem sair de sua cidade amada foram praticamente jogados por ralo abaixo, a tão sonhada e desejada prosperidade de nossa cidade? Quem sabe daqui a alguns anos ou decádas!
Abraão, como você fala de soluções, acho que o primeiro passo é arregassar as mangas e ir a luta,deixar a teoria e ir para a prática, o "foda" é por onde começar...
7 de abril de 2011 às 06:00
E hoje que monitoramos as estatísticas do site, concluímos que o Senhor é o colunista mais acessado. Parabéns, meu irmão, meu ídolo! kkkkkkkkk *E muitoooo bem acessado, diga-se de passagem. O Senhor está fazendo Ada e Diogo muito felizes. Hahahaha. Bjs =*
7 de abril de 2011 às 13:13
em relação a questão do petróleo,nada tenho a diser.já sobre esta coluna do Eric,sim posso afirmar que o tamanho sucesso cabe a abordagem de fatos polêmicos e que nem sempre agradam a quem vive estas realidades,como a matéria anterior que o Eric postou sobre a cidade...quero diser que continuem sim fasendo suas críticas e mostrando a verdadeira face desta "cidade"...há quem diga que é porque saõ opositores que estão se aproveitando do site para faser críticas,mas afinal quem é a favor de tantos descasos?
7 de abril de 2011 às 18:32
Primeiro parabenizar essa galera que tá bombando neste site. Pessoal vcs estão materializando um sentimento que carrego a tempos, nossa SANTA HELENA DE AMOR tem um capital intelectual que orgulha a todos, novamente PARABENS!
Sobre o Editorial, muito bom, parabéns Eric! ..Apenas uma reflexão, do ponto de vista econômico é uma grande perda, mas sera? ...Eric Mosssoró "tomou ares de metropole" mas como uma grande cidade, gerou uma grande dívida social com os nativos, pois não foram preparados para aproveitar a oportunidade, portanto vivem a margem ou para ser mais claro, na miséria. Os governantes não manifestaram nenhum interesse se não, ficar de olho no aumento da arrecadação de impostos, para se locumpletarem e financiar a malvada política do assistencialismo que tanto mal faz a população.
Por fim, a Igreja Católica traz na CF 2011 um tema bastante recorrente - "Fraternidade e a Vida no Planeta", LEMA "A criação geme em dores de parto". Sabe aquela canção do Roberto(O PROGRESSO)"Eu queria gritar que esse tal de ouro negro não passa de um negro veneno, e sabemos que por tudo isso vivemos bem menos! Eu não sou contra o "PROGRESSO" mas apelo pro bom senso...", contextualiza bem o que estamos passando, para e pense!
>>>Nossa terra adorada tem outros grandes potenciais que podem ser explorados a partir da valorização do humano e sem agressão a natureza, acreditem. Mas para isso é imperativo que o governante governe com todos e para todos.
O SONHO NÃO ACABOU!!! ...Abraão vejo lucidez ao seu comentário!
Finalmente, é preciso agradecer a DEUS que até hoje tem nos ajudado de forma determinante a superar nossas dificuldades sem perder a ternura e a alegria, perfil do SANTAHELENSE! Fica conosco Senhor, Amém!